Olá pessoal tudo bem? Conversei com o cantor Tiago Iorc na terça feira por telefone e foi um bate papo super interessante, onde fala do seu disco, parcerias musicais, a turnê e entre outras coisas, pra quem não conhece o Tiago é cantor e compositor, suas musicas já embalaram varias trilhas de novelas e filmes. E sexta feira ele faz seu primeiro show no interior de São Paulo, em Sorocaba e ele contou suas expectativas para o show, confiram a entrevista!
Dezideia: Com que idade começou a tocar violão?
Tiago Iorc: Tive meu primeiro violão com oito anos de idade. Eu tocava sempre em casa, na casa dos meus avós e quando eu tinha um pouco mais, uns treze anos, comecei a tocar guitarra.
Como foi seu primeiro show?
Eu tocava em uma banda de garagem no Rio Grande do Sul. Meu primeiro show foi em um pátio de um colégio durante o intervalo das aulas. Era um evento organizado pelo centro acadêmico, eu não me lembro direito como foi, mas meu primeiro show foi nesse colégio quando eu tinha quinze anos.
Já pensava em seguir carreira?
De certa forma sim, porque eu já tinha um encanto pelo palco, de tocar para as pessoas, fazendo música. Mas por outro lado tinha uma certa descrença em relação ao que eu fazia pelo fato de outras pessoas ficarem dizendo que a música não era um caminho certo, que era uma coisa que não era um pouco sólida. Quase cheguei a acreditar que não seria possível por conta dos pensamentos que me rodeavam, de que a sociedade não dava espaço a isso. Até que chegou um momento em que eu me decidi e que bom que foi assim.
Tiago, fale um pouco sobre o Zeski, seu mais recente trabalho.
O disco Zeski, é uma continuação do que eu já vinha fazendo. Pela primeira vez têm musicas em português. Meu trabalho autoral inicialmente era em inglês. Eu comecei a sentir vontade de compor em português e encontrei uma abertura para isso. A minha música fala muito sobre as coisas que eu vivo, as experiências que eu tenho e meu ponto de vista sobre relacionamentos.
Tem algum desejo de parceria musical? Com quem gostaria de trabalhar?
Tem um compositor que eu gosto muito lá do Rio Grande do Sul, que é o Duca Leindecker e por conta de uma regravação que eu fiz para esse disco da "Musica Inédita", eu acabei conhecendo ele e nos tornamos amigos. Isso tem sido bem feliz porque nos aproximou de uma forma criativa. A gente já tem criado algumas coisas juntos e existe uma conversa para criar mais, então pra mim eu acho que o Duca era a pessoa com quem eu queria trabalhar e está acontecendo.
Sobre a turnê “Voz + Violão”, como está sendo a reação do publico nas cidades que o show está acontecendo?
Tem sido muito boa. Existe uma coisa curiosa que acontece: é sempre surpreendente a quantidade de pessoas que se interessam pelo que eu faço nessas cidades que eu não tinha visitado. Como, por exemplo, agora com os shows que vão acontecer esse final de semana. No fim de semana passado eu tive um show em Manaus e foi maravilhoso porque na casa de shows os ingressos se esgotaram e tiveram que abrir outro espaço, que era um espaço difícil, atrás do palco. Então eram duas bocas de cena, eu fiz o show de lado, cantando em dois microfones para duas plateias. Fico muito feliz com a maneira que pessoas têm se interessado pelo meu trabalho. E essa turnê por ser voz e violão ela permite com maior facilidade visitar essas cidades que normalmente não seria viável em uma estrutura um pouco maior.
É sua primeira vez cantando no interior de São Paulo, qual é a expectativa?
Nunca tinha feito show no interior de SP e existe um movimento muito forte no interior de São Paulo e do Paraná e em geral que é o sertanejo, é um movimento popular e isso é o que geralmente atrai o publico, viabiliza os shows nessas cidades. E para gente era uma duvida, uma incógnita, como seriam esses shows. Nós estamos ficando surpresos com a procura. Fico bem feliz.
Como é sua relação com seus fãs, já aconteceu algo inusitado?
Normalmente as pessoas que vão ao show são muito comportadas. Normalmente eu faço shows em teatro, então já é um pouco mais quieto. Mas já aconteceu algo inusitado: num show houve uma invasão de palco, uma menina subiu no momento em que eu estava cantando uma musica e de repente surgiram mais pessoas, umas 20 no palco, todas olhando e tirando foto enquanto eu continuava tocando e cantando e todos celebrando ali. Apesar de ser uma invasão, foi com muito carinho. Ninguém invadiu demais o espaço a ponto de atrapalhar o que estava acontecendo. Foi um momento de celebração.
Você tem diversas trilhas sonoras de novelas, o que você gosta de ver na televisão?
Até hoje, todas as músicas que entraram em filmes e novelas foram extraídas dos meus discos e inseridas nas produções. Nunca fiz algo por encomenda. Em relação às novelas, é um tipo de formato que não me interesso, que normalmente eu não acompanho algo longo assim. Embora eu tenha gostado da ultima novela da Rede Globo das 18h, "Meu Pedacinho de Chão". Me agradou bastante. Apesar de não ter acompanhado, fiquei maravilhado com todo processo de criação de conceito, dos figurinos, cenários, linguagem e de como foi dirigido e gravado. Eu me interesso bastante por esse assunto porque desde pequeno eu gosto de vídeo, de produções visuais, então o que me atrai é sempre quando existe um zelo pela produção, quando vejo que tem algo a mais que me atrai, que mostra com carinho o que foi feito. Novela não é o que eu normalmente assisto, mas só pelo fato de que era uma produção rara, me chamou a atenção. Fora isso eu gosto de assistir filmes, séries, de ver coisas que inspiram a fazer coisas bonitas.
O que você gosta de ouvir? Tem algo para indicar?
Tem uma artista que eu gosto muito e que pouca gente conhece. Ela se chama Feist, é uma cantora canadense que é a minha voz feminina favorita na música. Além de ótima compositora, instrumentista e vocalista, é o trabalho que eu mais admiro.
Que recado você dá aos fãs que vão conferir o show em Sorocaba nessa sexta-feira?
Eu só queria dizer que eu estou bem feliz de estar visitando a cidade pela primeira vez e por saber que a minha visita está fazendo sentido para o público, com muita gente querendo assistir o show e só por isso que eu estou conseguindo fazer ele. Então espero chegar e retribuir esse carinho da melhor forma possível.
Obrigado ao Tiago Iorc pela entrevista, e ao Fernando Trovatti do Teatro GT.
Abaixo as informações do show
05/Setembro
Horário: Sexta – 21h
Teatro Municipal Teotônio Vilela
End: Av. Engº Carlos Reinaldo Mendes, s/n – Sorocaba – SP
Telefone: (15) 3238 – 2222
Até o próximo post!
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